10 de mar. de 2017

O Castigo

O nosso personagem de hoje pode presenciar algo muito estranho e inusitado, conheçam a estória de Letícia.

Era um dia tranquilo e comum, a cidade se movimentava com toda agitação diária. Mais na casa de Edileusa nem tudo era tranquilo. Com a chegada de sua única filha Letícia, ela não sabia o que dizer a respeito de seu avô, que desapareceu há quase três dias sem dar notícias algo raro de acontecer.

Muito alegre com a chegada de sua filha Edileusa decidiu não dizer nada por enquanto. A saudade era grande e não cabia naquele momento quebrar o clima de felicidade. Por sua vez Letícia muito animada perguntou sobre o seu avô Rubencio. Mãe onde está o meu vô? Pergunta ansiosa Letícia para Edileusa. Ele viajou ontem minha filha, ele foi caçar com os amigos e logo estará de volta não se preocupe minha filha. 

Letícia ouve com atenção e logo depois se direciona para a estante onde pega um quadro de família onde o seu avô e ela estão abraçados. Edileusa sabe que a verdade não foi dita, e abraça a filha suavemente alisando a sua cabeça. Agora vamos comer alguma coisa meu bem...

Na cozinha mãe e filha falam das novidades quando aparece Maria sorridente ao ver Letícia... Olá como vai você, como está bonita! Já é uma mulher! Com um abraço forte Maria e Letícia se emocionam. Edileusa convida Maria para tomar café juntas na mesa. Maria sempre conviveu na família e no passado era baba de Letícia.

Você já sabe de seu avô? Sim ele foi caçar com os amigos... Mais isso já tem quase quatro dias e ele não avisou nada ainda. Mãe o que está acontecendo? Pergunta aflita Letícia.

Na verdade a Maria está certa minha filha eu não lhe disse antes para não te deixar preocupada. Mais precisamos saber onde ele foi e por que não se comunicou ainda. Disse Letícia.

Amanhã vamos até a casa de Edite e perguntamos se tem alguma notícia deles.

No dia seguinte na casa de Edite Letícia e Edileusa buscam informações, e sabem que o senhor Antônio também não entrou em contato. O que aconteceu com eles por que não telefonam e não atendem os telefones?

Letícia resolve ir em busca de seu avô. Mais pode ser perigoso minha filha diz a senhora Edite, vamos falar com a polícia, deixem eles fazer as buscas... Edileusa não concorda com a ideia, mas Letícia está decidida. Com a localização escrita em sua agenda ela vai em busca de seu avô e seus amigos. Maria muito preocupada resolve ir junto e reúne algumas comidas dentro do carro antes de partir.

No caminho dentro do carro as duas conversam sobre como encontrar os perdidos e decidem acampar próximo da mata fechada onde os homens teriam indo caçar. A madrugada na mata é assustadora cheia de sons noturnos, animais e uma escuridão fria iluminada com uma lua cheia...

No dia seguinte ao acordar Letícia abre os olhos e não ver Maria... Desconfiada ela vai à procura de Maria e a encontra abaixada no mato fazendo xixi... Eu estava apertada tive que vir aqui correndo... fala Maria sorrindo.

Agora vamos atrás de meu avô Maria. Andando lentamente na mata fechada as duas chamam alto o nome de Rubencio, ainda nenhum sinal por aqui Letícia. Vamos tentar o outro lado da mata tem um atalho por aqui me siga... Letícia segue e ao passar de frente a uma gruta ela tropeça numa lanterna ainda acessa e a identifica como a de seu avô. Maria veja isso aqui! É a lanterna de meu avô! As duas comemoram muito e entram na gruta escura e repleta de morcegos...Nossa que frio faz aqui, não parece ter um ar condicionado aqui Maria? Sim parece mesmo Letícia... Um barulho é ouvido e Maria olha para Letícia pedindo para fazer silêncio... Vamos tirar os sapatos podem nos ouvir! Disse Maria no ouvido de Letícia...

Logo a frente uma enorme sombra surge, as meninas estão assustadas sem saber do que se trata, se abaixam e esperam a sobra desaparecer, ao logo da gruta vozes agonizantes estranhas... pareciam animais aprisionados... Mais o que será isso Maria? Letícia pergunta assustada!

Não podemos continuar não sabemos o que tem a nossa frente disse Maria. Não podemos sair daqui sem respostas afirma Letícia... Quando de repente nas costas de Letícia surge um ser enorme, em uma de suas mãos está Rubencio o avô de Letícia, desmaiado... Maria tenta correr puxando o braço de Letícia mais a criatura gigante já a pegou... Desesperadas elas foram conduzidas para o fundo da gruta. Chegando lá elas puderam ver uma reunião de vários outros gigantes.

Amarradas e penduradas elas presenciam uma espécie de júri no qual os amigos de seu avô foram colocados no centro e após algumas palavras estranhas cada um era libertado porem os homens não andavam mais de dois pés...Eles andavam como animais quadrupedes! Amordaçadas elas não podiam falar nada... Agora será a vez de seu avô ser julgado. Este homem maltratou todos estes animais sem piedade. Ele não veio caçar em busca de alimento. Todos eles foram liderados por este homem a cometer este massacre. Letícia chora ao ver o seu avô no centro...Mesmo sem entender as palavras ditas pelos gigantes ela sabe que o seu avô corre perigo... Quando Maria consegue tirar a sua mordaça e começa a falar: Letícia não fique com raiva de mim, eu já sabia de tudo o senhor Rubencio não quis me ouvir, ele sempre foi muito teimoso, Meus pais eram índios e sempre me disseram para respeitar todos os seres vivos, não matar por prazer mais para se alimentar e isso ele não fez. 

Mais o que são essas criaturas Maria? São os elementais da natureza eles são responsáveis pelo equilíbrio na Terra. E agora o que eles estão falando, qual será a condenação de meu avô? Não sei se devo falar... Me diga logo Maria eu preciso saber! O Senhor Rubencio será uma marionete, o seu espirito será doado para o corpo daquele animal que ele o matou. E o seu corpo vazio receberá o espirito agonizante do animal. O seu avô será um animal e vivera dentro da mata para sempre Letícia.

Fim 

Autor da estória: Lúcio Soares

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