10 de nov. de 2017

O poeta

Andando sem rumo, sem direção pude perceber o quanto estamos distantes de nós mesmos. Abrigamos em nossos corações verdades confortantes, verdades criadas e desenhadas por nós mesmos como um alivio, um cálice sagrado. Numa busca incessante e aguerrida. Muitas flores se abriram na primavera, todavia é no conforto do inverno, acomodados no sofá de nossas salas de frente a TV que observaremos a beleza da flor.

Hoje lhes convido a conhecer a estória de Julian. O poeta.

Julian sempre foi muito dedicado a leitura e escrita de versos, aos 18 anos de idade já possui inúmeras poesias escritas por ele. Sempre muito organizado e metódico. Mas ele trazia consigo um hábito muito estranho, quando ele escrevia os seus versos aleatórios sempre persentia algo inexplicável. Com isso ele sempre se escondia dentro do seu quarto com as luzes apagadas, ele se dirigia para debaixo da cama. Ainda morando com os pais ele conseguia esconder tal costume esquisito.

Os anos se passaram e as poesias se transformaram em livros de grande sucesso, Julian se tornou um escritor respeitado e requisitado. Tão logo se casou com uma admiradora de seu trabalho. Ela se chamava Maria, uma mulher extremamente dedicada a ele. Mais tarde nasce Danilo, uma criança saudável e esperada por toda família.

Julian esta no ápice da carreira, porem o seu estranho comportamento continua: Sempre que começa a escrever ele presente algo muito forte, algo que parece querer surgir ser visto. Seu talento é incontestável ninguém pensa diferente. Porem Maria conseguiu ver seu estranho habito, e logo o questionou o por que dele se dirigir para debaixo da cama. Irritado e meio sem jeito ele tenta explicar o inexplicável. Eu apenas faço, eu não sei o certo porque mais é o que faço desde minha adolescência quando comecei a escrever as poesias.

Maria fica parada ouvindo a tudo sem entender o real motivo, e sai do quarto desconfiada de que Julian esconde algo dela, um segredo...

Julian escreve mais uma poesia e completa mais um livro, imediatamente entra em contato com a editora. Maria vai até porta do quarto e ouve a conversa do marido e logo se prepara para fazer mais perguntas sobre o seu estranho comportamento.

Ao sair do quarto Julian se dirige até a sala onde aguarda a visita do representante da editora. Algum tempo se passou e finalmente chega a visita, Maria recebe a visita com entusiasmo e apreço. Julian o recebe e os dois se põe a conversar sobre detalhes do novo livro. Maria se retira e vai buscar um chá para endossar a conversa. No caminho em direção a cozinha Maria resolve entra no quarto no qual o marido se escondia e escrevia as poesias, dentro do quarto ela verifica outras escritas, pareciam uma carta endereçada a um grande amor, um relacionamento muito próximo mantido em segredo. Quando ela começa a sentir um calafrio, Maria fica assustada e se retira do quarto com a folha de papel no bolso.

Ao retornar para a sala ela não vê o seu marido nem a visita. Apenas Daniel estava na sala sentado no chão brincando com o gato. Maria os procura e não vê nenhum sinal dos dois... após longa procura e varias chamadas no telefone Maria aguarda ansiosa por noticias de Julian. Quando ela decide colocar de volta a folha escrita no quarto. Quando ela coloca a folha na velha agenda escuta a campainha tocar... Será o Julian? Meu Deus tomara que sim... Maria corre para abrir a porta e se depara com...


Autor da estória: Lúcio Soares

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