9 de mai. de 2015

A história do carma e a revelação do segredo.

A vida nem sempre é o que desejamos, ainda assim algumas pessoas buscam a felicidade do seu modo e convivem com seus segredos e fardos. Conheçam Janor este é o nosso personagem de hoje!

Numa pequena vila próximo do grande centro havia um senhor de uma família rica da cidade. O Senhor Janor. O mesmo era cuidadosamente educado e moralista, sempre que podia realizava doações em dinheiro para creches de caridade e outras instituições solidárias. Suas características físicas eram de um homem de altura mediana, gordo e com olhar bastante abatido. Ele parecia estar sempre sonolento, e seus olhos eram escuros e cheios de olheiras. O senhor Janor era muito estranho mesmo, ainda assim convivia com os seus conterrâneos já acostumados com aquele jeito estranho porém solidário.

Ele tinha um segredo familiar que ninguém da cidade sabia o certo o que era, apenas se sabia que havia algo muito estranho acontecia todas as sextas feiras, e tudo se passava no fundo de sua casa. Em noites frias costumava se ouvir de dentro de sua casa, batidas fortes como se viessem do atrito de uma cadeira em contato com o chão. Isso era recorrente todas as sextas feiras e sempre a meia noite. Enquanto isso era ouvido pela vizinhança ao redor de sua casa havia muitos seguranças cercando a casa.

Um policial da pequena cidade não se contentava em apenas saber da existência do segredo e logo começou a investigação sem apoio do delegado muito amigo de Janor. Mais uma sexta feira se aproxima e o destemido investigador se prepara.

No primeiro estante, próximo do local, um grupo de pessoas atravessam a rua ao lado, todos vestidos
com mantos negros. O policial se aproxima do grupo e não consegue ser ouvido pelas pessoas.

Quando uma das pessoas se vira e diz (O que você quer não esta aqui!). O policial responde o que você acha que eu procuro? a pessoa responde, a morte! assustado o policial se afasta bruscamente e fala: Todos vocês são loucos, alienados e hipócritas. Sem mais nada a fazer o grupo continua a sua caminhada quando dobra a esquina e desaparece, sem deixar rastro algum!

O policial volta ao ponto de origem do local da casa de Janor, com muito cuidado o policial sobe numa arvore centenária da cidade próxima a casa. Lá de cima ele pode ver melhor muitos pontos da cidade. Ainda assim não foi o suficiente para ver o grande mistério de Janor. Mais uma sexta feira perdida diz o policial.

No meio da semana o delegado o procura para saber mais sobre o seu final de semana. Qual trabalho esta realizando policial Pedro? O mesmo desconversa e sai sem jeito falando baixo, Eu vou desvendar o segredo de Janor!



Ao sair da delegacia Pedro encontra outro grupo estranho e se aproxima, com olhares assustados as pessoas falam: O seu destino estar próximo de acontecer, se lembre de rezar antes de cair! Pedro pergunta qual destino me revele-me? preciso saber o que há de errado? diga me por favor senhora!


Da mesma forma esse grupo também desaparece, só que desta vez em frente a Pedro, que ao ver faz o gesto da Cruz e começa a rezar! No caminho de casa o policial encontra Janor muito abatido e com olheiras, Janor parece estar doente.

Pedro se aproxima e pergunta se ele quer ajuda, Senhor posso fazer algo? Janor com sorriso tímido acena com a cabeça e aceita a ajuda. 

Na cabeça do policial esta era a melhor oportunidade para desvendar o segredo. Na casa de Janor logo na entrada Pedro tropeça e cai junto com Janor. No chão o detetive percebe algumas marcas roxas no tórax de Janor, sem que perceba disso Pedro o levanta e o pós a sentar na cadeira. Janor ainda muito frágil começa a rezar em latim.


Ave Maria gratia plena
Dominus tecum.
Benedicta tu in mulieribus
et benedictus fructs
ventris tui, Jesus.

Sancta Maria, Mater Dei,
ora pro nobis, peccatoribus,
nunc et in hora
mortis nostrae. Amen.

Pedro muito assustado não entende o que se passa e fica em profundo silêncio. Quando toda a casa começa a tremer, quadros caem, jarros se quebram, funcionários gritam socorro, e Pedro começa a Orar também quase que instintivamente. De olhos fechados ele se ajoelha junto a cadeira de Janor e segura em suas mãos.

Aos poucos todo tremor vai diminuindo e finalmente acaba, desta vez Janor começa a falar do segredo familiar. Sabe Pedro tudo começou há muitos anos a traz, eu ainda era menino, minha mãe com lágrimas nos olhos, me relatou um segredo, um carma familiar. 

Ela me disse que nossa família não seria a mesma a partir daquele dia. Minha mãe me revelou que nossa família foi amaldiçoada pela nossa sétima geração onde meu tataravô encontrou um grupo de rua que vagava sem destino, segundo ele estas pessoas não eram dessa dimensão, e sempre que vinham para nossa realidade abatia um ser vivo. Seja um animal ou um humano. Meu avô muito simples e humilde não entendeu isso, ele mal sabia no que estava a sua frente.

A partir disso para ele ficar vivo o preço foi a maldição eterna. Ele ficou como uma espécie de alimento para estas pessoas ou seres, e isso passou para todos da família e chegou para mim através de minha mãe.

Pedro parou e perguntou: Isso tem haver com as sextas feiras? respondeu Janor: Sim. Pedro começa a entender um pouco o que ocorre quando Janor revela as marcas em seu peito, ver isso Pedro! são as marcas deixadas por eles. Pedro fala como isso acontece? 

Eu fico sentado na cadeira amarrado em quanto sugam minha energia vital e sangue. Assim essas almas podem andar entre nós por algum tempo. Pedro pergunta: Eu posso ajudar? Janor respondeu: Meu filho você já me ajudou quando começou a investigar e quando conversou com o grupo de almas. Pedro muito assustado pergunta aflito. Mais como isso é possível?

Janor explica que sua mãe sempre sumia nos fundos da casa em segredo, enquanto era absorvida pelas criaturas. Quando eu a perguntei também a seguir escondido e falei com uma das almas que me ensinou a rezar em latim, a partir disso o carma se voltou para mim e minha mãe morreu após isso.

Pedro muito abalado com tudo aquilo que ouvira pegou o Janor nos braços perguntando como me livro disso? Me responda! quando o policial percebeu que o senhor Janor havia falecido em seus braços.

Uma voz ecoa na cabeça de Pedro, dizendo assim: Você agora é o nosso alimento Pedro, não tente se livrar de nós!



Fim

Autor da Estória: Lúcio Soares

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