30 de jun. de 2015

O Demônio da Capela

Há uma pequena capela na cidade de Rouxinol onde vivem cerca de sete mil habitantes. Nesta cidade as pessoas são muito religiosas e quase todas famílias comparecem à Igreja.

O Senhor Francisco era um homem do campo e sempre que plantava realizava uma oração para uma boa colheita. Aos domingos toda a sua família frequentava a pequena capela, e sempre que podia entregava o seu dizimo como uma forma de ajuda e agradecimento pela boa colheita.

O seu filho Jeremias como toda criança sofria pesadelos pelas madrugadas e sempre podia contar com o colo do seus pais. Certo dia a criança mencionou que conversava com um demônio, no qual lhe perseguia algumas vezes.


Com a declaração de Jeremias os seus pais logo o levaram para a capela e apresentou ao padre Beneditino que ao saber do fenômeno solicitou aos pais do menino que o deixasse na capela por alguns dias até tudo passar.

Os pais da criança não pesaram duas vezes e logo trouxe as roupas da criança para capela.

Com o passar de quinze dias o menino ficou mais depressivo e as vezes mal falava com as pessoas, andando sempre de cabeça baixa o garoto ficou pior. O seu pai preocupado perguntou ao padre o que houve com seu filho. Por que ele piorou? O padre Beneditino afirmou que o garoto nesse período disse que não queria mais viver e que deseja matar o demônio com a ajuda do seu pai. Meus Deus que demônio é esse? o que há com meu filho?.


O senhor Francisco muito assustado pegou o seu filho e o levou de volta para casa. No caminho da casa o seu filho parou de andar e começa a falar no ouvido do seu pai.

Em silêncio o seu pai ficou baixou a cabeça e chorou muito com tudo que ouviu. O homem não se continha de lágrimas e soluços contínuos. Ao chegar em casa a mãe muita assustada com a cena de seu marido pergunta aflita o que se trata! me diga Chico!. O que houve homem? mais não tem respostas apenas o silêncio e lágrimas.

Uma semana se passou e chega à cidade uma data muito especial. A sexta-feira da paixão que reuni todas as famílias da pequena cidade de Rouxinol em volta da capela.

Em frente a capela o Senhor Francisco arma uma enorme fogueira, do seu lado esta o seu filho Jeremias o ajudando a formar a enorme fogueira. Com um semblante sério o menino cuidadosamente arma a grande fogueira.

Com o passar de meia hora surge na estação de trem um convidado especial, que trazia consigo outras pessoas para festejar na capela. O ex-padre da cidade Senhor Osvaldini que muito animado reverenciou a grande fogueira de Francisco... Que grande fogueira Francisco será uma bela chama para fé de todos, grande ideia Parabéns Chico!. E o seu filho Jeremias onde ele está? Já foi para igreja padre, Então vamos também Francisco. Espere um pouco Chico por que tantas correntes?

São para demonstrar a união do povo de Deus senhor padre. Muito bom Francisco você teve uma ideia e tanto! Sim com certeza padre.

Ao chegar na igreja o padre Osvaldini começa a pregar e falar sobre os pecados e como se livrar dos mesmos.

Já eram quase duas horas de missa e as pessoas ansiosas aguardavam o momento dos festejos. E finalmente tudo começa com muitos fogos, orações e as musicas das novenas.

Quando de repente Francisco segurando na mão de seu filho anuncia a queima da grande fogueira e queima do judas. As pessoas muito animadas clamavam pela queima do boneco.

Com sutileza Francisco anuncia o Judas e chama o padre Osvaldini que vem ao seu encontro. O padre coloca a mão na cabeça de Jeremias, que não aceita o afago. O pai do menino começa a chorar e falar dos demônios que o seu filho havia visto. Quando  que de repente com muita violência o homem golpeia o rosto do padre e o acusa como o demônio da capela, ele foi o homem que abusou de meu filho, foi o homem que arruinou a vida da família e será o judas a ser queimado! Com o anuncio o padre tenta correr mais é impedido pelos moradores que o jogam no chão... O padre Beneditino pede clemencia por seu amigo mas o Francisco está decidido e começa à acorrentar o judas. Que muito assustado pede clemencia! por favor não me mate pelo amor de Deus me perdoe! mais Francisco não aceita e diz: As bruxas tiveram sua pena de morte agora chegou a sua vez morrer demônio maldito! morra no inferno!


Aos gritos de desespero e dor o padre tem a sua carne torrada até aos ossos e por fim morre restando apenas o cadáver em chamas.

Fim

Autor da Estória: Lúcio Soares

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