29 de abr. de 2016

Madrugada do além

Madrugada de 1999, o céu está cinza, a chuva que cai parece não ter fim e as ruas alagadas estão destruídas.  E tudo que se pode ouvir são trovões devastadores altíssimos!

Já passa da meia noite e para piorar, falta a energia em todo o bairro. Na casa de leme uma brincadeira de grupo não pode prosseguir e todos os participantes na escuridão da sala resolvem segurar as mãos e aguardar o retorno da energia, Mais algo acontece com um dos participantes, a bela Stela se queixa de uma dor no estômago e começa a gemer muito. Leme então resolve buscar água para sua amiga e na cozinha ele sente que há alguém. Olá papai é o senhor? Já chegou? Sem respostas ele decide pegar o copo com água e retorna à sala onde Stela está. Com tudo ela bebeu a água mais não parou a dor. Preocupados os amigos decidem medicar por conta própria. A jovem fica melhor por um tempo, quando finalmente a energia volta e todos comemoram!

Leme então decide dar sequência a brincadeira na qual estavam realizando antes do apagam. E vos digo amigos eles faziam a brincadeira no centro da mesa com um copo. Isso mesmo aquela brincadeira onde se tenta se comunicar com o além.


Dada a partida ele deixam apenas as velas acesas próximo a mesa e resolvem chamar por mortos e um deles é o seu primo Pedroh que morrera a 07 anos atrás. E conseguem uma breve resposta. O copo se move lentamente e se aproxima de Stela, isso mesmo aquela que gemia de dor!

Quando de repente ocorre um novo apagam e desta vez acompanhado de um trovão que abalou tudo ao redor! parecia um terremoto! Leme muito assustado decide parar a brincadeira e ao tentar soltar as mãos não conseguem...Todos agora estão unidos! menos Stela ela não parece ser a mesma com uma vela na mão ela começa a falar com um vocal extremamente gutural: Olá meu primo você me chamou estou aqui vamos brincar mais não pare a brincadeira quero brincar mais um pouco. Aos risos o fantasma no corpo de Stela começa a falar cada vez mais alto e sempre as gargalhadas ele diz querer brincar.

Todos estão de mão dadas e parece não poder se soltar. Leme é o mais valente e decide lutar contra e com toda força ele consegue soltar uma das mãos que agora está sem pele e sangra muito. Com fortes dores ele desiste e fica olhando para o fantasma do primo que mais uma vez fala: Vamos brincar meu primo quero mais venha comigo para o além. Leme desesperado clama por sua vida!

Me deixe em paz por favor Pedroh eu imploro por favor! O fantasma se aproxima de Leme e encarna em seu corpo. Leme começa a tremer no chão e todos os seus amigos se afastam ainda unidos pelas mãos ele decidem rezar. E tem os seus braços atrofiados. A dor é enorme e todos gritam sem parar!

Leme se levanta possuído e começa a matar a todos arrancando os braços de cada amigo ele espanca as vítimas com seus próprios membros até a morte. E assim termina a madrugada do além...

Fim

Autor da história: Lúcio Soares

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