9 de dez. de 2016

Um dia para morrer - parte 2

Após retornar para o seu corpo, Dermeval acordou assustado, todos ao seu redor estão preocupados com ele. Uma mulher surge em meio à multidão e se oferece para ajudar Dermeval, que logo aceita a ajuda. Dermeval está muito cansado e deseja chegar em sua casa.

Na porta de sua casa Dermeval abre a porta e convida a mulher para entrar, mais quando olha para o seu lado não vê a mulher misteriosa, apenas ver uma cobra rastejando lentamente em direção ao pôr do sol.  Dermeval muito cansado não esbouçou se quer procurar a mulher e tão logo adentra em sua casa. Dentro de casa ele procura respostas a tudo que lhe aconteceu.

Como eu fui parar na praça e ver o meu corpo paralisado? Quem era aquela mulher de branco que dizia ser meu anjo da guarda? O que houve comigo meu Deus?

Dermeval procura explicações para tudo que lhe ocorreu, mas a cada pergunta que ele faz para si, lhe deixa arrepiado, a cada lembrança em sua mente, um sentimento de perda toma conta de seu coração. Nem sempre se há explicações para tudo, nem sempre sabemos o que somos de verdade ou onde vamos chegar, e com Dermeval não é diferente, mais antes que Dermeval imaginasse, algo acontece. Enquanto sentado no velho banco da cozinha ele pode perceber como ele esteve em dois lugares ao mesmo tempo. Dermeval involuntariamente se levanta para ir beber água mais não consegue tocar na geladeira, tenta por várias vezes pegar na porta da geladeira, mais não consegue. Desesperado ele tenta se tocar e não consegue. Dermeval está assustado e em meio a sua agonia ele olha para trás e pode notar que o seu corpo está sentado no velho banco da cozinha, com as mãos na cabeça ele suplica por explicação, meu Deus o que está acontecendo comigo? Neste mesmo tempo a cobra que ele avistou antes de entrar na sua casa surge em sua cozinha. Dermeval não se sente ameaçado e assiste a entrada do animal cuidadosamente. Quando a cobra se levanta e começa a falar com ele.

Dermeval não acredita no que vê, a cobra fala para ele: Dermeval você precisa entender a sua mediunidade, você tem um dom especial e precisa saber conviver com isso meu mestre. Quando a cobra o chama de mestre Dermeval interrompe e diz: Como mestre, eu não sou seu mestre! A cobra mais uma vez diz: meu mestre eu te acompanho desde a sua infância quando ainda morava no Egito, você não se lembra de mim neste corpo, eu vou me transformar na pessoa que eu sou.  De repente a cobra se transforma em uma bela mulher despida, Dermeval pega a toalha da mesa e oferece para a bela mulher. Mais então era você, a mesma mulher do meu sonho, a mesma mulher que me trouxe da praça e agora a cobra! 


Sim Dermeval sou eu, e quanto a mulher de branco não foi um sonho, você esteve na presença de espíritos um plano dimensional paralelo que poucos conhecem enquanto vivos. 

E quanto a eu ser o seu mestre, eu sou sua mulher nós morávamos juntos e reinamos juntos também meu mestre. Dermeval ainda sem entender resolveu viver com sua mediunidade junto a mulher. Anos se passaram e Dermeval finalmente faleceu numa tarde de domingo enquanto tomava o café da manhã junto ao espirito da sua mulher.

Fim

Autor da estória: Lúcio Soares

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